segunda-feira, 20 de junho de 2011

O dia em que o sol para

Em junho vivemos um dos momentos mais fascinantes e importantes para a história da humanidade.  Estamos passando pelo solstício. É fascinante porque, para ser bem simplesinho, é o dia em que o sol para.
O solstício acontece duas vezes por ano. Uma agora em junho, quando ratifica o verão no hemisfério norte e outra, em dezembro quando o sol se bandeia pra cá, para o sul. Nas duas ocasiões, o evento proporciona o dia mais longo do ano em cada hemisfério.
Em termos de deslocamento o solstício significa o ponto de maior afastamento do sol em relação à linha do Equador, ou seja, no hemisfério norte, é quando o sol se impõe sobre o Trópico de Câncer, e no sul, ocorre quando o sol posta-se soberano sobre a linha imaginária do Trópico de Capricórnio. Se a gente for olhar no mapa- mundi (que eu acho que é um material didático que nem existe mais) vai entender porque se diz que é um momento em que o sol para. É que a partir deste ponto, o sol “interrompe” seu percurso de afastamento do Equador, “para” e a seguir volta a movimentar-se para o meio do mundo, novamente.
amanhã o sol está na maior distância ao norte da linha do Equador. É o dia mais longo do ano no hemisfério norte, é o início do inverno e  a noite mais longa do ano no hemisfério sul
O solstício, no norte inspirou algumas crenças e estimulou a curiosidade dos homens. O exemplo da reverência a este evento é a edificação dos círculos de pedra erguidos na Inglaterra, o enigmático monumento de “stonehenge”. 
o misterioso stonehenge. Tem um desses na parte norte do Amapá
Uma construção datada de pelo menos 3.000 anos e que além de ser cultuada pelos druidas (um misto de sacerdote e curandeiro dos bretões), guarda em seus contornos os conhecimentos astronômicos daquela época: a junção entre as duas pedras que limitam o círculo está alinhada exatamente ao ponto em que o sol nasce no dia mais longo do ano. As pedras indicam o solstício de verão.
Aqui no Brasil, também temos o nosso “stonehenge”. Fica em Calçoene (que já está no hemisfério norte), no Amapá. É um arranjo de pedras, também. Não sei se este nosso monumento já atrai peregrinos para celebrar o solstício, mas não acho uma má idéia. Uma dose de magia e mistério serve também para que a gente entenda melhor as afetações do planeta...

Um comentário:

  1. Companheiro Sodré,

    se metade dos trabalhadores brasileiros tivessem a metade do conhecimento que você possui,esse país seria bem melhor...

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