AMORES PROTEROZÓICOS
Provocava-lhe a proximidade da primeira
Os deslumbrantes colares da sexta
A quarta, com seus misteriosos rubores...
Censurava-lhe, porém, a paterna relação.
Mas já há algum tempo rendera-se
A ígneos sinais de irresistível paixão.
Sim, era aquela terceira lua
Que com seus suaves e azuis encantos
Estava a explodir-lhe o flamante coração.
E ela, por aquele impossível amor
tão dilacerada,
Temendo, sem prendas,
Restar-lhe solitária e gélida sina,
Parecia a ele ainda mais bela
Assim frágil, perturbada, feminina.
Então, em equinócio tão aguardado
Sol e Terra amaram-se
Proterozoicamente;
Povoando e alindando aquela doce lua
Com algas, fungos e gente.
Foi mesmo assim maravilhosa a Criação
Sem ódios, pecados ou serpente.
Álvaro ago.2002
oi sodré, tudo bem?!!! bom fim de semana.
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