quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Homem de pouca fé

A porta entreaberta
A janela, o céu azul
Um ruído tão longe
Algum cão que ladra
Discussão nos becos
Livros sobre a mesa
Latas de cerveja
O menino que chora
Um mendigo que implora

Pedaços de fé se perdem
Fogos de artifício
Bombas pacíficas
Homem sem trabalho
Bêbado à sarjeta
Terra à vista
Risos ... Risos
A moça do poeta
A coisa tá preta

Entrando em coma
Tem gente que teima
Ainda em viver
Salve-se, então
A si mesmo
O quê, por quê?
Não vi
Não ouvi
Quero de novo
Na porta entreaberta...
Salve-se quem?

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