quarta-feira, 30 de junho de 2010

Açaizal


Num frêmito
Ao alvorecer das
Águas do mar
A lua se foi

E lá no céu
Falando por seu brilho
A lua, antes Terra,
É Terra a se apartar de nós

Filho da explosão
Sol
Estrela criança
Lume infindável
Que um dia morre

Sol, gigante incandescente
Que anima a molécula primordial
Que um dia morre

Num equilíbrio entre força
E não força
O vácuo distante
Azul, aos nossos olhos
Permeado de esperanças e dúvidas

O imensurável
A serenar os seres de Gaia
A adensar
O vento brejeiro
Que varre o chão
Do açaizal aqui do meu lado.

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