Paulo, Xuxa e Eu
O
que um descendente da República acreana teria em comum com Xuxa e Paulo Coelho?
Mais
que depressa a gente dispara: nada, absolutamente nada.
Mas
quite! Tenho sim. Vou começar pela Xuxa:
Não,
não temos em comum encantadores olhos azuis. A nossa parelha é o dia 27 de
março, aniversário da loira.
Todo
baixinho que varou as manhãs das últimas décadas hipnotizado pelos xu xu xus e
xa xa xás da rainha é sabedor desta data.
Pois
é, na terça, também conto tempo. Aniversario, aqui na coluna.
Há
um ano, eu dava o meu primeiro Bom Dia aos leitores do Magazine, com a crônica “Perdemos
Emilinha”.
A
missão, para mim, foi uma bênção, um salto extraordinário no ofício.
Mas,
num primeiro momento, escrever uma crônica semanal foi, também, uma experiência
nervosa, um grande desafio. Depois, fui me acostumando, tomando tento, me
adestrando aos 2500 toques.
Tomei
por rumo, os sentimentos expressos na crônica “Esta é a Sua Vida”, publicada
logo no início, em que eu dizia que ficamos muito à vontade para detonar,
esculhambar com os outros, mas temos enormes dificuldades para elogiar, para
dar uma força, fazer um mimo. Me impus, então, aqui, criar textos que reflitam qualidades.
Sei que isso é difícil pacas, mas temos sim, neste Brasilsão gente muito boa,
gente que vale a pena (como o educado cobrador do UFPA-Pedreira, personagem da
crônica de julho e minha querida
Emilinha Borba, homenageada primeira).
No
estilo, optei por dar preferência aos textos em primeira pessoa. Não sei,
talvez porque seja mais fácil, ou porque deixe escapar de mim, uns tiquinhos de
verdades. Mas o certo é que me sinto mais livre assim e, ao mesmo tempo,
declino, convenientemente, daquele discurso dissertativo: não quero convencer
ninguém.
A
minha temática reza por dar graça às coisas aparentemente sem. Tenciono
provocar a empatia, me esforço para atiçar a curiosidade por coisas que grassam
à nossa volta. Ah, foi-não-foi, me empenho em redescobrir Belém
e, sem recatos, tento prestar tributos à minha Pedreira velha de guerra, do
samba e do amor.
Na
medida do possível, nas minhas construções procuro respeitar a sintaxe e ralo
para respeitar a coesão e a coerência, mas ambas, por vezes, me ignoram.
Portanto, sei que nem sempre consigo ser fiel ao correto discurso, mas cuido
para não machucar tanto a “última flor do Lácio”.
E
assim, deste jeitinho, vou varando este ano. Pávulo, pávulo com os resultados,
confesso.
E
o Paulo?
Ah,
o mago Paulo Coelho, é meu estimado colega de Bom Dia. Estará brilhando, aqui na
coluna, amanhã, como sem falta.
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